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Você sabe como tratar a Adenite Equina? (Garrotilho)

09 de Junho, 2018

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News , Mundo Veterinário

Você sabe como tratar a Adenite Equina? (Garrotilho)

Motivo de grande preocupação dos criadores, a Adenite Equina é uma doença muito comum nos cavalos.

Motivo de grande preocupação dos criadores, a Adenite Equina é uma doença muito comum nos cavalos. Essa enfermidade, além de causar sofrimento no animal, traz prejuízos para o criador e para o produtor. Veja no texto a seguir tudo o que você precisa saber sobre essa enfermidade e principalmente, como trata-la adequadamente.  

O QUE É?

A adenite equina, também conhecida como garrotilho, é uma doença infectocontagiosa causada pela bactéria Streptococcus equi.  A patologia é uma das mais frequentes do trato respiratório e pode acometer equinos de todas as idades, com maior prevalência em animais jovens, com menos de cinco anos. Quando identificados os sinais clínicos característicos, é importante que o tratamento seja rápido e efetivo, para que o animal não transmita para o restante do plantel e possa voltar as suas atividades normalmente.    

TRANSMISSÃO

A transmissão pode acontecer de forma direta ou indireta:

  • Direta: Na forma direta, o animal pode adquirir a bactéria através do contato com equinos que estão contaminados ou que estão se recuperando da enfermidade e, portanto, possuem o patógeno no seu organismo.
  • Indireta: Na forma indireta, o contágio acontece através de fômites que entraram em contato com os animais infectados, a exemplo do buçal, equipamento colocado na cabeça e no pescoço do cavalo. Outra forma de contrair a Streptococcus equi é por meio de pastagens e estábulos contaminados com secreções.  

INFECÇÃO

A Streptococcus equi tem acesso ao organismo através das narinas e da boca. A bactéria se adere a receptores específicos das tonsilas e dos linfonodos locais, e em um curto período de tempo se dispersa pelo corpo até alcançar os linfonodos regionais. Sua multiplicação ocorre nos linfonodos. Conforme a doença progride, é comum o surgimento de abcessos nos gânglios linfáticos, principalmente nos retrofaríngeos e submandibulares, gerando uma obstrução local por compressão. A consequência é que esses gânglios fistulam, sendo drenados na faringe e na bolsa gutural. As secreções expelidas contaminam o ambiente por semanas devido a eliminação do pus que contém a bactéria.  

SINAIS CLÍNICOS

Os primeiros sinais clínicos são observados geralmente com 7 a 12 dias após a infecção. O animal apresenta inicialmente sintomas como febre, depressão, inapetência, tosse, anorexia e corrimento nasal seroso. Com a evolução do quadro, a secreção torna-se mucopurulenta, e fica visível um aumento de volume dos linfonodos, com dor à palpação na região mandibular. É comum que os equinos apresentem alterações posturais por estar sentindo dores, como deixar o pescoço baixo e estendido. Demonstração de resistência na ingestão de alimentos e água também é notado.  

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico é feito através dos sinais clínicos e a confirmação acontece por meio do isolamento da Streptococcus equi. O isolamento é feito a partir da coleta de secreção purulenta presente nos abscessos e nas narinas, com auxílio de um swab. É importante destacar que o material recolhido deve ser refrigerado até o momento da análise. Existem também outros meios para o diagnóstico, mas que não são utilizados com frequência. Um deles é o ELISA, um teste imunoenzimático que permite a detecção de anticorpos específicos. Nesse teste não é possível distinguir se a resposta imune ocorre por conta da vacinação ou por conta da infecção, mas com a contagem de anticorpos é possível saber se há ou não a patologia.  

TRATAMENTO

Por ser uma doença contagiosa, é importante o isolamento dos animais afetados por um período mínimo de quatro semanas. Posteriormente, é necessário fazer a desinfecção das baias, cochos e de qualquer utensílio que entrou em contato direto com o animal enfermo. A terapia consiste em compressas quentes diárias sobre o abscesso e aplicação de iodo para ajudar na higienização local e na punção do material purulento. Em casos graves é indicada a administração de antibióticos à base de penicilina por 5-10 dias, na dosagem de 18.000 a 22.000 UI/kg. Vale ressaltar que uma terapia de suporte com fluidoterapia e medicamentos expectorantes aumenta as possibilidades de sucesso no tratamento. A prevenção consiste no tratamento profilático com antibiótico em animais que estiveram em contato com equinos acometidos, na aplicação de vacinas e na limpeza das estruturas e materiais utilizados.  

PRODUTOS DISPONÍVEIS PARA AJUDAR NO TRATAMENTO

A Syntec do Brasil disponibiliza alguns produtos que podem ser utilizados como parte do tratamento da Adenite Equina (Garrotilho):

PROPEN: um antibiótico com formulação diferenciada.  À base de Penicilina Procaína e Penicilina Potássica associadas ao Probenecide, é indicado para tratar infecções causadas por agentes que possuem sensibilidade à Penicilina.

A Penicilina Potássica é rapidamente absorvida, garantindo níveis séricos altos durante as primeiras horas. A Penicilina Procaína é liberada aos poucos, produzindo níveis séricos que decrescem lentamente. O Probenecide atua inibindo a excreção renal das Penicilinas, prolongando a ação do fármaco no organismo.

Graças a sua baixa toxicidade e alta tolerância pelos animais, Propen pode ser utilizado em diversas espécies: bovinos, ovinos, caprinos, equinos, suínos e caninos.

VITAPULMIN:  É um gel espasmolítico bronquial para equinos à base de Clenbuterol. Vitapulmil visa favorece o tratamento de enfermidades respiratórias caracterizadas por espasmos bronquiais. Recomendado como terapia conjunta com antibióticos.

REFERÊNCIAS

KOWALSKI, J.J. Mecanismo da doença infecciosa. In: REED, S.M.; BAYLY, W.M. Medicina interna eqüina. p.54-56, 2000.

SILVA, M.S.; VARGAS, A.C. Adenite Equina - Aspectos clínicos, agente etiológico e métodos de diagnóstico. Arquivos do Instituto Biológico. v. 73, n. 4, p. 493-498, 2006.

SWEENEY, C.R. et al. Streptococcus equi infections in horses: guidelines for treatment, control, and prevention of strangles. Journal of Veterinary Internal Medicine. v.19, p.123-134, 2005.

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