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Tudo que você precisa saber sobre Dypilidium

11 de Junho, 2018

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News , Mundo Veterinário

Tudo que você precisa saber sobre Dypilidium

Veja a seguir tudo o que você precisa saber a respeito do Dypilidium a fim de evitar a transmissão

Dypilidium caninum é o nome científico de um dos vermes mais comuns em cães e gatos. Além dos pets, esse parasita pode infectar acidentalmente os seres humanos, caracterizando-se como uma zoonose. Veja a seguir tudo o que você precisa saber a respeito do Dypilidium a fim de evitar a transmissão e de tratar a infecção quando ela ocorrer.

O PARASITA E SEU CICLO BIOLÓGICO

O Dypilidium caninum é um cestoide (verme chato), chamando vulgarmente de tênia canina ou tênia pepino, que se fixa nas paredes do intestino delgado do seu hospedeiro e pode atingir um comprimento de até 60 cm. Seu corpo é segmentado em peças chamadas de proglotes que contém os ovos do verme.

A forma larval do parasita infecta as pulgas e os piolhos mastigadores (da espécie que infesta os cães), que são seus hospedeiros intermediários e atuam como vetores da dipilidiose. Os proglotes são eliminados tanto nas fezes dos animais infectados, quanto no ambiente e as fases larvais das pulgas se alimentam desses segmentos do parasita, se infectando. Os cães e gatos são os hospedeiros definitivos, e o homem é considerado hospedeiro acidental. A transmissão ao hospedeiro definitivo ocorre quando o animal ingere acidentalmente as pulgas ou piolhos infectados pela larva cisticercoide do Dypilidium. Essa ingestão geralmente acontece quando o cão ou gato lambe ou mordisca a pele na tentativa de aliviar o prurido causado pela pulga.

PATOGÊNESE E SINAIS CLÍNICOS

Após ingerir a larva do Dypilidium, ocorre um período pré-patente de aproximadamente 3 semanas, tempo suficiente para que ocorra a transformação da larva cisticercoide em cestoide adulto. O verme adulto se fixa à parede intestinal através de ganchos e começa a se desenvolver, eliminando proglotes grávidos já que é hermafrodita.

Raramente a infecção causa problemas graves ao animal acometido. Na maior parte dos casos há o prurido anal que as proglotes causam ao se movimentar. A presença desses segmentos do parasita do tamanho de um grão de arroz nas fezes ou presos ao pelo da região perianal é o que mais chama atenção dos proprietários. Diarreias, perda de peso, constipação e crescimento retardado em animais jovens só ocorrem em grandes infestações ou casos graves.

INFECÇÃO EM HUMANOS

Com a proximidade que os pets têm atualmente às pessoas, os riscos da transmissão de doenças zoonóticas aumentaram muito. As crianças são as mais susceptíveis pelo fato da sua proximidade e atração por animais de estimação e pelo seu comportamento de levar à boca objetos que encontra no chão e a mão, favorecendo a ingestão acidental de larvas dos vermes. No caso do Dypilidium, ocorre também a possibilidade da ingestão da pulga ou piolho acidentalmente. Os sinais clínicos são geralmente os mesmos que os animais apresentam.

TRATAMENTO

Após a infecção instalada, o tratamento de escolha é à base de Praziquantel, na dose de 5mg/kg. O Praziquantel é um anti-helmíntico de amplo espectro capaz de eliminar as formar larvais e adultas do parasita após uma única dose oral.  Entretanto, é recomendada uma dose de reforço após 15 dias.

Concomitantemente ao tratamento parasiticida, é necessário eliminar completamente a infestação por pulgas ou piolhos do animal acometido e de possíveis animais contactantes da residência. Esse processo previne a reinfecção e quebra o ciclo do verme. Vale lembrar que os ectoparasitas (como as pulgas e piolhos) se proliferam no ambiente e sobem nos animais somente para se alimentar. Portanto, é necessário também um controle ambiental que deve ser feito através da limpeza e dedetização dos locais de acesso dos animais.

SOLUÇÕES PARA PREVENIR E TRATAR

Conforme explicado acima, o tratamento é composto de 2 etapas simultâneas: 1) a eliminação da infestação do parasita no animal e 2) a eliminação do hospedeiro intermediário (o ectoparasita). Caso uma das etapas seja negligenciada, o risco de reinfecção é grande.

  1. Para o tratamento parasiticida no animal a Syntec do Brasil comercializa o MULTITEC, um vermífugo oral de amplo espectro para cães, indicado no combate das formas adultas e larvais de vários vermes cestoides e nematódeos ancilostomídeos e ascarídeos. MULTITEC contém Praziquantel, Pirantel e Oxantel em sua fórmula, substâncias já consagradas na medicina veterinária, com alta margem de segurança e raros efeitos colaterais. Não apresenta efeitos embriotóxicos ou teratogênicos, podendo ser utilizado por cães de todas as idades, incluindo lactentes, desmamados e gestantes.
  2. Para tratamento e controle de ectoparasitas a Syntec do Brasil oferece duas soluções, K-SPOT e BANHO PET.

K-SPOT é uma associação de dois princípios ativos, a Permetrina e o Metopreno, altamente eficazes no combate a esses parasitas, e deve ser utilizado como tratamento de animais já infestados, e também como prevenção, de preferência a cada 2 meses. A ação sinérgica dos princípios ativos confere ao K-SPOT eficácia contra todas as formas destes parasitas: adultos, larvas e ovos.

BANHO PET é um shampoo recomendado para tratamento através de banhos das ectoparasitoses em cães e gatos causadas por pulgas e carrapatos. Sua fórmula não contém Permetrina, e BANHO PET pode ser utilizado também em gatos, e em filhotes a partir do 3º mês de vida.

Vale ressaltar, que K-SPOT e BANHO PET são tratamentos que podem se complementar maximizando os resultados.    

Referências consultadas

ALHO, A.N.; CRUZ, R.; GOMES, L.; CARVALHO, L.M. “Dipylidium caninum, da ingestão da pulga ao controlo do céstode mais comum do cão e do gato”. Revista Clínica Animal. v.3, mai/jun. 2015.

BOREHAM, R. E.; BOREHAM, P. F. L. Dipylidium caninum: life cycle, epizootiology, and control. Compendium on Continuing Education for the Practicing Veterinarian. v.12 n.5 pp.667-671, 674-675, 1990.

MOLINA, C P.; OGBURN, J.; ADEGBOYEGA, P. Infection by Dipylidium caninum in an Infant. Archives of Pathology & Laboratory Medicine, Vol. 127, No. 3, pp. e157-e159, March 2003.  

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