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Como não errar na alimentação de cães e gatos

12 de Junho, 2018

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News , Mundo Veterinário

Como não errar na alimentação de cães e gatos

Confira artigo que vai te ajudar a alimentar melhor seu cão ou gato, evitando cometer alguns erros que afetam a saúde.

O tema nutrição/alimentação saudável está muito em pauta ultimamente. A preocupação em ter uma vida saudável se aplica até aos nossos pets. Obviamente que não são eles que têm essa intenção, e sim nós, tutores, que buscamos trazer mais qualidade de vida e longevidade aos nossos melhores amigos.

Pensando nisso, preparamos um artigo que vai te ajudar a alimentar melhor seu cão ou gato, evitando cometer alguns erros que acabam afetando a saúde deles.  

A fisiologia alimentar dos cães e gatos

Apesar da domesticação dos pets datar de mais de 10 mil anos, eles ainda têm muitas características dos seus ancestrais. O Lobo, ancestral direto do cão, tinha sua alimentação baseada em presas (outros animais) e raramente alguns vegetais e frutas. No caso dos felinos, a alimentação era ainda mais restrita, sendo praticamente 100% de presas caçadas.

Com isso, atualmente o cão é considerado um animal carnívoro com hábitos onívoros, ou seja, a base da sua alimentação, bem como suas características físicas e digestivas são de carnívoro. Mas, com o tempo o organismo do cão se adaptou a uma dieta menos restritiva, podendo se alimentar de carboidratos provenientes de vegetais. Já o gato mudou menos, e é considerado carnívoro estrito (depende de grande porcentagem de alimentos de origem animal na sua dieta). Esses animais podem viver perfeitamente bem se alimentando apenas de alimentos de origem animal, pois são capazes de gerar energia através de proteínas e gorduras facilmente.

Se formos comparar com a fisiologia digestiva dos seres-humanos, as diferenças são muito evidentes. Nós precisamos nos alimentar de uma grande variedade de alimentos. Não somos capazes de digerir alguns vegetais e grãos crus, mas é possível vivermos apenas a base de vegetais, desde que a alimentação seja bem diversificada. Temos um metabolismo pronto para gerar energia através da digestão dos carboidratos, estando adaptados a ingerir grandes quantidades de amido (presente em batatas e grãos). Tudo isso não se aplica aos carnívoros.  

E como devo alimentar meu pet?

A recomendação básica é sempre utilizar a ração produzida pelas empresas de nutrição de cães e gatos. Esse tipo de alimento é certificado, balanceado e leva em conta as características dos carnívoros. Além disso, é muito seguro e prático. Há a possiblidade de oferecer alimentação caseira, porém isso deve ser feito obrigatoriamente sob a supervisão e recomendação de um Médico Veterinário. Preparar os alimentos, balancear os nutrientes e acertar as preferências do cão e do gato através de alimentos caseiros é muito trabalhoso e pode ser arriscado.  

Os principais erros

Oferecer sobras de alimentos caseiros: Um erro muito comum é complementar a alimentação regular do pet com alimentos caseiros que nós comemos. Nossos alimentos preferidos foram desenvolvidos baseados nas nossas preferências e necessidades, e nunca levaram em conta as características dos pets. A alimentação humana é rica em amido e carboidratos, itens de difícil digestão para cães e gatos. Outro detalhe é que nós acabamos comendo muitas coisas não saudáveis, com grande quantidade de sal, gordura, açúcar, corantes e conservantes artificiais. Esses ingredientes são muito prejudiciais aos animais, já que eles não estão adaptados a isso.

Oferecer alimentação em excesso: Além dos já citados petiscos caseiros, algumas vezes nós exageramos na quantidade da alimentação regular do cão. É sempre importante verificar no verso da embalagem de ração para saber a quantidade ideal de alimento a ser fornecido. Na dúvida, consulte o seu Médico Veterinário de confiança e/ou a empresa fabricante de ração.

Oferecer petiscos próprios para pets em excesso: Existem diversos petiscos desenvolvidos para cães e gatos. Apesar disso, eles são alimentos com grande quantidade de gorduras, e, portanto, bastante calóricos. Com o tempo, se oferecermos muitos desses petiscos o animal poderá se tornar obeso. Devemos ter em mente que o petisco deve ser uma exceção na dieta, não um item frequente. Podemos utiliza-lo como recompensa no adestramento, ou como um agrado eventual.

As consequências desses erros na alimentação dos pets são: obesidade, que traz problemas articulares e cardíacos, diabetes, problemas de pele, queda de pelo, baixa disposição e redução na expectativa de vida. Alguns alimentos são tóxicos, e oferecem grande risco. É o caso do chocolate e do café, de algumas frutas e legumes como a uva, a cebola, alho, pimenta, entre outros. Há ainda o risco de perfuração do esôfago e estômago e engasgos caso o pet ingira ossos.

Esperamos ter ajudado você a não errar na alimentação do seu cão ou gato. Agora no final do ano fique atento, não ofereça as sobras da ceia e supervisione seu pet para que ele não roube nenhum pedaço!

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